Ana dos Mil Dias

Ana dos Mil Dias

Enredo

Ana dos Mil Dias é um filme de drama histórico de 1969 que reconta a tumultuada relação entre Henrique VIII, o Rei da Inglaterra, e sua segunda esposa, Ana Bolena. O filme é dirigido por Charles Jarrott e estrelado por Richard Burton como Henrique VIII e Genevieve Bujold como Ana Bolena. A história é uma abordagem biográfica dos eventos que ocorreram de 1527 a 1536, capturando a essência da busca desesperada de um rei por um herdeiro e o trágico destino que acometeu a mulher que seria rainha. O filme começa com Henrique VIII, um rei carismático e poderoso, que é casado com a princesa espanhola, Catarina de Aragão. Catarina é casada com Henrique desde 1509 e, apesar de ter uma filha, Mary, não conseguiu produzir um herdeiro homem. O desejo de Henrique por um filho se torna uma obsessão que o consome, e ele começa a procurar uma saída para seu casamento com Catarina. Seus conselheiros, liderados por Thomas Cardeal Wolsey, o informam sobre a possibilidade de anulação de seu casamento com Catarina, citando o fato de que seu casamento anterior com o irmão mais velho de Henrique, Arthur, não foi consumado antes da morte de Arthur. O desejo de Henrique por uma anulação põe em movimento uma série de eventos que mudariam o curso da história inglesa. Ele põe os olhos em Ana Bolena, uma jovem e inteligente nobre que chamou sua atenção. Ana é dama de companhia da irmã do Rei, Mary Bolena, e retornou recentemente de um período na França, onde foi educada e se tornou fluente em vários idiomas. Henrique fica apaixonado pela inteligência, astúcia e beleza de Ana, e ele começa a persegui-la como uma possível substituta para Catarina. Ana, no entanto, não é como as outras mulheres que já chamaram a atenção do Rei. Ela é uma mulher de vontade forte e independente, que não tem medo de falar o que pensa e defender-se. Ela recusa os avanços do Rei, insistindo que não se tornará sua amante, mas sim sua esposa. Henrique, que está acostumado a conseguir o que quer, fica furioso quando Ana se recusa a submeter-se à sua vontade. No entanto, ele não é de desistir facilmente e começa a persegui-la com intensidade crescente. À medida que a história se desenrola, Henrique se torna cada vez mais obcecado por Ana, e ele está disposto a fazer o que for preciso para tê-la. Ele rompe com a Igreja Católica Romana, que anteriormente se recusou a conceder-lhe uma anulação de Catarina, e ele estabelece a Igreja da Inglaterra, com ele próprio como seu chefe. Isso permite que ele se divorcie de Catarina e se case com Ana sem aprovação papal. O filme também explora a complexa teia de alianças e rivalidades que existiam na corte real durante o reinado de Henrique. Os conselheiros de Henrique, incluindo o Cardeal Wolsey e Thomas Cromwell, desempenham um papel significativo em seu relacionamento com Ana, e sua influência ajuda a moldar o curso dos eventos. À medida que o relacionamento de Henrique com Ana se aprofunda, ele se torna cada vez mais tirânico e cruel, eliminando qualquer pessoa que esteja em seu caminho, incluindo seus antigos conselheiros e até mesmo suas próprias filhas. O filme retrata Henrique como um homem consumido por sua própria paixão e ambição, que está disposto a destruir qualquer um que entre em seu caminho. O clímax do filme é a execução de Ana Bolena, que ocorre em 1536. Ana, que havia dado à luz uma filha, Elizabeth (a futura Rainha Elizabeth I), não conseguiu produzir um herdeiro homem para o Rei. Henrique se cansa dela e se apaixona por uma de suas damas de companhia, Jane Seymour. Ana é acusada de adultério, incesto e traição, e é julgada e considerada culpada. Ela é executada por decapitação em Tower Green, dentro da Torre de Londres. O filme termina com Henrique, que agora é casado com Jane Seymour, observando enquanto suas filhas, Mary e Elizabeth, são forçadas a assistir à execução de sua mãe. A tela escurece à medida que o legado de violência e tirania de Henrique é consolidado, e a futura rainha, Elizabeth, observa com horror e desespero. No geral, Ana dos Mil Dias é um filme poderoso e envolvente que explora a complexa e tumultuada relação entre Henrique VIII e Ana Bolena. O filme é um retrato magistral da descida de um rei à loucura e tirania, e é um testemunho do legado duradouro da mulher que seria rainha, Ana Bolena.

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