Kingdom: Ashin do Norte

Kingdom: Ashin do Norte é um filme sul-coreano de drama histórico e ficção de 2021, ambientado na era Joseon. Dirigido por Kim Sung-hoon, o filme é um spin-off da série de televisão Kingdom e serve como uma prequela da história. A narrativa gira em torno das origens da doença misteriosa e mortal que assolou o povo Joseon, levando ao caos e à destruição generalizados. A história se concentra em Ashin, interpretada por Jun Jun, uma jovem e poderosa xamã que vivia uma vida pacífica nas montanhas. Ashin tinha a habilidade de curar, comunicar-se com espíritos e ler as intenções daqueles ao seu redor. Ela também era extremamente devotada à natureza e ao reino espiritual. A vida de Ashin e sua tribo, no entanto, foi virada de cabeça para baixo quando as forças do reino invadiram e devastaram sua aldeia. O filme começa com Ashin, que está presa, refletindo sobre seu passado. Ela se lembra da vida idílica que outrora viveu nas montanhas, praticando sua arte de cura e xamanismo. A tribo de Ashin a reverenciava como uma poderosa líder espiritual, e ela mantinha o equilíbrio entre a natureza e sua existência. No entanto, sua tranquilidade foi brutalmente interrompida quando as forças do reino, lideradas por Lord So-moo, destruíram sua aldeia e mataram muitos de seus residentes. Embora o destino de Ashin permaneça incerto durante a maior parte do filme, o público tem vislumbres de seu tempo na prisão. Lá, ela é submetida a intensos abusos físicos e emocionais, enquanto luta para manter sua conexão com sua cultura e suas práticas espirituais. Os soldados do reino a veem como uma ameaça ao seu governo e procuram explorar seus poderes para servir a seus interesses. Enquanto isso, na Coreia do presente, uma nova ameaça emerge quando uma força poderosa começa a espalhar a doença que devastou o reino em Kingdom. À medida que as pessoas começam a cair, o governante ordena que os soldados procurem Ashin, que se acredita deter a chave para uma cura para a doença que agora está se espalhando pela terra. Enquanto Ashin é caçada pelas forças do reino, ela revela sua história de fundo, compartilhando memórias de sua infância, sua tribo e os eventos trágicos que levaram à sua queda. Através de flashbacks, o filme mostra o relacionamento de Ashin com sua tribo e sua família, incluindo seu irmão, Hwang-woo, e sua irmã, Hwang. O vínculo de Ashin com sua família era incrivelmente forte; no entanto, os ataques do reino acabaram resultando na morte de Hwang-woo e no subsequente desaparecimento de Hwang, um golpe devastador para Ashin. Ao longo do filme, Ashin é movida por um profundo senso de vingança. Ela busca retribuição pela perda de sua tribo, família e lar. Com as forças do reino se aproximando, Ashin usa seus poderes espirituais para procurar um artefato antigo que tem o potencial de destruir a fonte da doença. Sua busca se torna abrangente, levando-a a sacrificar tudo enquanto luta por justiça. Ao fazer isso, as motivações de Ashin se confundem entre as de uma curandeira e uma guerreira vingativa. Embora ela tenha o poder de curar e trazer equilíbrio à natureza, sua raiva e dor a impulsionam para a destruição. Através da transformação de Ashin, o filme explora os temas complexos de trauma, traição e perda, destacando as consequências devastadoras da guerra e do colonialismo. As cenas finais revelam que Ashin é a fonte da doença misteriosa que devastou o reino e a sociedade contemporânea. Em sua busca por vingança, ela inadvertidamente cria uma força poderosa que espalha a doença, ilustrando toda a extensão da brutalidade do reino e o impacto de sua raiva e dor. Kingdom: Ashin do Norte é uma exploração pungente das consequências do trauma, da perda e da sede insaciável de vingança. Através de sua narrativa, o filme lança luz sobre as consequências devastadoras da guerra e do colonialismo, enfatizando o impacto duradouro sobre indivíduos e comunidades. A jornada de Ashin serve como um testemunho da resiliência e força das mulheres, enquanto confrontam os aspectos mais sombrios da natureza humana e buscam justiça diante da opressão esmagadora.