Tempos Modernos

Tempos Modernos é um filme americano de comédia dramática de 1936 dirigido por Charlie Chaplin, coescrito por Chaplin e Tamara Matul, amiga de Orwell. Chaplin foi influenciado pelas duras realidades da Grande Depressão, que serve de pano de fundo para este filme pungente e visualmente deslumbrante. O filme acompanha a vida do Vagabundo (Chaplin), um vagabundo adorável e cativante que enfrenta os desafios da industrialização e do desemprego. O filme é dividido em três seções principais, cada uma mostrando as lutas do Vagabundo em diferentes estágios de sua vida. O primeiro ato retrata a chegada do Vagabundo a uma fábrica, onde ele começa a trabalhar em uma linha de montagem. O Vagabundo está inicialmente otimista, mas logo percebe que a linha de produção baseada em máquinas é sem alma e desumanizante. Ao tentar se adaptar, ele se torna um motivo de riso entre seus colegas de trabalho, que o veem como um pária. Enquanto isso, o Vagabundo conhece uma adorável jovem, Paulette (interpretada por Paulette Goddard), e começa a imaginar uma vida com ela. Ele se apaixona profundamente, mas sua falta de estabilidade e recursos impossibilitam que eles construam uma vida juntos. Quando a fábrica de Paulette fecha, o Vagabundo é deixado para se defender sozinho e é forçado a se juntar a um grupo de trabalhadores desempregados que estão protestando na cidade. O segundo ato mostra as desventuras do Vagabundo ao se envolver nos esforços do sindicato para organizar uma greve. Apesar de suas melhores intenções, o Vagabundo continua atrapalhando, e suas ações inadvertidamente causam caos e destruição. Este ato serve como um comentário sobre as lutas dos trabalhadores durante a Grande Depressão, enquanto eles lutavam para criar melhores condições de trabalho e salários justos. À medida que a greve ganha força, o Vagabundo se vê em conflito com as autoridades, que reprimem os manifestantes com força. Durante uma cena dramática, o Vagabundo é pisoteado por um grupo de cavalos da polícia e escapa por pouco de ferimentos. Este ato de violência serve como um comentário poderoso sobre o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores e a brutal supressão de suas reivindicações. O terceiro e último ato segue o Vagabundo enquanto ele se torna um símbolo de resistência contra o sistema opressor. Em uma reviravolta inteligente, o Vagabundo é preso pelas autoridades, mas em vez de ser derrotado, ele encontra um senso de camaradagem com seus companheiros de prisão. Ele até se torna uma espécie de líder, ao enfrentar o carcereiro cruel e seus guardas. Quando Paulette visita o Vagabundo na prisão, ela fica chocada com as condições e o tratamento dos prisioneiros. Movida por seu sofrimento, ela se torna uma aliada do Vagabundo e, juntos, eles tramam um plano para escapar. As cenas finais do filme mostram a bravura do Vagabundo ao escapar das autoridades e se reunir com Paulette. Eles compartilham um momento terno, simbolizando a esperança de um futuro melhor. Ao longo do filme, Chaplin usa sua mistura característica de comédia física, sátira epathos para transmitir as lutas e os sonhos da classe trabalhadora. Tempos Modernos é uma obra-prima da narrativa cinematográfica, com um retrato matizado e poderoso da experiência humana. Os temas do filme sobre amor, perda e resistência continuam a ressoar com o público hoje, tornando-o um clássico duradouro do cinema americano.