OSS 117: Cairo, Ninho de Espiões

Enredo
No mundo encantador, embora absurdo, da espionagem francesa, o agente secreto francês Hubert Bonisseur de La Bath é um nome sinônimo de sofisticação e astúcia, embora talvez um pouco cheio de si e desatualizado com os tempos contemporâneos. Na comédia de 2006, OSS 117: Cairo, Ninho de Espiões, essa autoilusão cativante se torna a base de uma missão que o envia para a paisagem exótica, mas traiçoeira, do Cairo na década de 1950. É 1955 e o Egito está à beira da revolução, com o nacionalismo árabe recém-ascendente ameaçando a influência britânica arraigada na região. É neste contexto de mudanças de alianças e tensões internacionais que Hubert recebe a notícia de que seu melhor amigo, o charmoso e aventureiro Jack Jefferson, desapareceu no Cairo. Jack era mais do que apenas um amigo – ele também era um colega espião que trabalhava ao lado de Hubert no Service de Documentation Extérieure et de Contre-Espionnage, a resposta da França ao MI6 e à CIA. Com sua bravata característica, Hubert parte para o Cairo para investigar o desaparecimento de Jack, convencido de que descobrirá algum enredo nefasto envolvendo a nefasta União Soviética ou, claro, seu arqui-inimigo, o vilão agente soviético Marc Ferrat. Ao se instalar no opulento Hotel Cecil no centro do Cairo, ele se vê cercado por uma variedade de personagens coloridos, incluindo uma linda mulher local chamada Nadia, sua aliada charmosa, mas não confiável, Sylvie e, claro, o guia local sábio e experiente, o idoso e sinistro Abu Hazred. No entanto, enquanto Hubert navega pelas ruas labirínticas do Cairo, comparecendo a festas luxuosas, flertando com mulheres bonitas e desfrutando da hospitalidade da classe alta egípcia, ele não consegue descobrir nem mesmo uma pitada de um enredo sinistro. Parece que sua investigação não está indo a lugar nenhum, e ele começa a se perguntar se seu amigo simplesmente se acovardou e fugiu, abandonando seus deveres de espionagem pelos prazeres da vida. À medida que a investigação se arrasta, Hubert se vê cada vez mais perdido, confrontando as duras realidades da complexa teia de política e espionagem internacional que ele tão alegremente navegou em sua mente. Seus erros são equiparados apenas por sua confiança inabalável, que, apesar de sua crescente frustração, se recusa a vacilar. No entanto, mesmo ele não pode deixar de notar que o mundo ao seu redor parece cada vez mais imprevisível. À medida que a trama se intensifica e as apostas aumentam, Hubert tropeça em uma teia complexa de conspirações que atinge os mais altos escalões de poder na França, no Egito e até nos Estados Unidos. Ele deve confrontar um elenco de personagens sombrios, incluindo espiões, traidores e agentes duplos, cada um com suas próprias agendas, alianças e segredos. Enquanto ele vagueia pelo mundo caótico e traiçoeiro da espionagem internacional, a ingenuidade e a arrogância de Hubert continuam a servi-lo mal. No entanto, apesar de seus muitos erros, ele se encontra no centro de uma aventura emocionante que é tanto sobre cultura, história e política quanto sobre ação, suspense e humor. Em sua essência, OSS 117: Cairo, Ninho de Espiões é uma comédia deliciosamente charmosa e irreverente, uma paródia mordaz do gênero de filmes de espionagem que celebra os tropos de James Bond e os primeiros anos da inteligência francesa. A sagacidade, o humor e a sátira do filme são complementados pelas atuações de seu elenco, particularmente o inimitável Jean Dujardin como o carismático e cativante Hubert Bonisseur de La Bath. À medida que a aventura avança em direção à sua emocionante conclusão, OSS 117: Cairo, Ninho de Espiões nos lembra do poder duradouro do gênero, sua capacidade de evocar um mundo de perigo de alto risco, intriga internacional e heróis arrojados. E ao deixarmos Hubert de La Bath no meio deste mundo traiçoeiro, é impossível não se deixar levar por seu charme contagiante, mesmo enquanto sorrimos conscientemente para os absurdos que se desenrolam ao seu redor.
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