A Cerca Viva

Em meio à Grande Depressão, o governo australiano implementou uma política destinada a assimilar sua população indígena à cultura branca. Um dos exemplos mais flagrantes dessa política foi a remoção de crianças aborígenes de suas famílias para serem criadas em instituições ou como empregadas domésticas para famílias brancas. O filme "A Cerca Viva" conta a história de três jovens aborígenes, Mollie (Everlyn Sampi), Gracie (Tianna Sansbury) e Daisy (Laura Monaghan), que são levadas de suas casas na Missão Jigalong para serem treinadas como empregadas domésticas. As famílias das meninas são proprietárias tradicionais da terra e têm uma profunda conexão com sua cultura e tradições. Determinadas a voltar para casa e se reunir com suas famílias, as três meninas fazem uma fuga ousada do internato na Missão Moore River, onde foram submetidas a abusos físicos e emocionais. Armadas apenas com determinação e um profundo conhecimento do Outback australiano, as meninas partem em uma jornada épica pelo deserto, enfrentando inúmeros desafios e perigos ao longo do caminho. Ao percorrerem o ambiente hostil, as meninas contam com seu conhecimento da terra e suas tradições aborígenes para sobreviver. Ao longo do caminho, elas encontram outros aborígenes que lhes fornecem comida, abrigo e apoio, enfatizando ainda mais a força e a resiliência da comunidade indígena. O filme é baseado em uma história real, e seus temas de identidade cultural, família e resistência são poderosos e comoventes. As atuações das jovens atrizes são excelentes, trazendo profundidade e emoção aos seus personagens. A cinematografia é de tirar o fôlego, capturando a vasta beleza do Outback australiano e a resiliência do povo que o chama de lar. No geral, "A Cerca Viva" é um filme poderoso e emocionante que lança luz sobre um período sombrio da história australiana. É um testemunho da força e determinação dos australianos indígenas, que enfrentaram desafios incríveis e continuam a prosperar apesar de séculos de colonização e marginalização.