O 12º Homem

Enredo
Ambientado no traiçoeiro cenário da Segunda Guerra Mundial, "O 12º Homem" é um conto fascinante de sobrevivência, bravura e o espírito humano indomável. O filme acompanha Jan Baalsrud (Stellan Skarsgård), um combatente da resistência norueguesa que, junto com seus camaradas, planejava sabotar um transporte de tropas alemãs na costa norueguesa em 1943. A missão, com o codinome "Operação Gunnerside", tinha como objetivo interromper os planos dos nazistas de estabelecer uma presença militar estratégica na região. Na fatídica noite de 27 de fevereiro de 1943, Baalsrud e sua equipe se infiltraram na barragem visada, determinados a destruí-la e impedir os movimentos do inimigo. No entanto, o plano deles durou pouco, pois os nazistas descobriram sua presença e responderam violentamente. No caos que se seguiu, os camaradas de Baalsrud foram capturados, mortos ou forçados a escapar. Como único sobrevivente, Baalsrud ficou gravemente ferido e dado como morto pelos agentes da Gestapo que o encontraram. As forças nazistas, movidas pelo desejo de apagar qualquer evidência da sabotagem, partiram para caçar os membros restantes da célula de resistência. Desesperado para evitar a captura, Baalsrud embarcou em uma perigosa jornada de 640 quilômetros pelo terreno hostil e coberto de neve da Escandinávia, levando-se ao limite em uma tentativa de sobreviver. O filme reconta com maestria a extenuante jornada de Baalsrud, que o leva através de montanhas traiçoeiras, florestas geladas e rios congelados. A cada passo, seu corpo gritava de agonia enquanto ele lutava para se curar dos ferimentos à bala e da severa gangrena que o assolavam. Os próprios elementos pareciam determinados a esmagá-lo, sujeitando-o a temperaturas abaixo de zero, nevascas cegantes e a ameaça sempre presente de hipotermia. Enquanto isso, de volta à Noruega, os entes queridos de Baalsrud – incluindo sua esposa, Kirsten (Ane Dahl Torp) – receberam notícias de sua situação e começaram a mobilizar a resistência local para ajudá-lo a escapar. Enquanto enfrentavam o interior infestado de nazistas, desviando de postos de controle e evitando patrulhas inimigas, suas ações inadvertidamente ajudaram a prolongar as chances de sobrevivência de Baalsrud. Um dos aspectos mais marcantes de "O 12º Homem" é sua representação do desafio coletivo do povo norueguês em face da ocupação nazista opressora. O filme destaca a engenhosidade, a resiliência e a bondade daqueles que arriscaram tudo para ajudar na fuga de Baalsrud. Esses atos de resistência, muitas vezes realizados por cidadãos comuns, desempenharam um papel crucial para ajudá-lo a evitar a captura e, finalmente, voltar para a Suécia neutra. À medida que a odisseia de Baalsrud chega ao clímax, ele se vê preso entre as forças nazistas se aproximando e a esperança desesperada de chegar à segurança da Suécia. À beira do colapso, ele é resgatado por um grupo de moradores amigáveis que, apesar dos riscos, lhe fornecem abrigo e cuidados médicos. As experiências angustiantes de Baalsrud estão entrelaçadas com a narrativa maior da guerra, mostrando as brutais realidades da vida sob a ocupação nazista. O filme não se furta em retratar as atrocidades cometidas pelo inimigo, incluindo a execução de combatentes da resistência norueguesa e a realocação forçada de civis. Através da incrível história de Baalsrud, "O 12º Homem" presta homenagem aos inúmeros heróis anônimos do movimento de resistência, cuja bravura e sacrifício ajudaram a enfraquecer o domínio nazista na Noruega ocupada. O filme também oferece um lembrete pungente do custo humano da guerra, bem como o poder duradouro da coragem, perseverança e os laços da comunidade. Em última análise, "O 12º Homem" é um testemunho do espírito indomável daqueles que lutaram contra probabilidades esmagadoras e uma celebração da resiliência humana que continua a nos inspirar hoje.
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