A Bíblia: No Princípio...

A Bíblia: No Princípio...

Enredo

A Bíblia: No Princípio... é um filme épico de 1966 dirigido por John Huston, baseado nos primeiros 22 capítulos do Livro de Gênesis. O filme é uma recontagem visualmente deslumbrante e dramática de algumas das histórias mais significativas do texto bíblico, apresentando um elenco vasto e talentoso, incluindo Richard Harris, Stephen Boyd e Barbara Jefford. O filme começa com uma representação vívida do Jardim do Éden, onde Adão (John Huston) e Eva (Barbara Jefford) vivem em harmonia um com o outro e com Deus. Eles brincam no paraíso exuberante, desfrutando da abundância da terra e da beleza de seus arredores. Sua existência idílica é interrompida quando são tentados pela serpente (George Coulouris), uma presença astuta e sedutora que os encoraja a se entregarem ao fruto proibido. As consequências de suas ações são severas, pois são expulsos do Jardim do Éden e lançados no mundo além. Ambos ficam chocados e envergonhados por suas novas circunstâncias e devem superar os desafios de viver em um mundo sem a proteção da presença direta de Deus. A introspecção e o arrependimento de Adão servem como uma reflexão pungente sobre a condição humana, e a representação da queda do paraíso pelo filme é assustadora e inesquecível. A história então muda para o relato de Caim (Stephen Boyd) e Abel (Franco Nero), dois irmãos que representam o conflito fundamental entre o bem e o mal. Caim é movido pelo ciúme e ressentimento em relação ao seu irmão, e sua raiva eventualmente se transforma em um trágico ato de violência. A representação do filme desse momento crucial na história humana é perturbadora e poderosa, pois as ações de Caim são recebidas com ira e condenação divinas. A próxima vinheta do filme se passa em meio a uma enchente devastadora, quando Noé (Richard Harris) constrói uma arca para salvar a si mesmo, sua família e dois de cada tipo de animal do desastre iminente. O retrato do filme desse evento épico é inspirador, com a tempestade furiosa lá fora e as águas subindo a níveis catastróficos. A arca é um símbolo de esperança e salvação, já que a obediência de Noé ao mandamento de Deus acaba salvando as criaturas do mundo da extinção. A seção final do filme segue a história de Abraão (George C. Scott), um líder e um patriarca que representa as melhores qualidades da humanidade. Abraão é um homem de fé, que confia nas promessas de Deus e está disposto a fazer sacrifícios para cumpri-las. A representação da aliança de Abraão com Deus é um momento poderoso e comovente, pois ele é chamado a fazer um compromisso radical de seguir a vontade de Deus. A conclusão do filme é triunfante, pois Abraão emerge como um campeão da fé e um herói do espírito humano. Ao longo do filme, a direção de Huston é elegante e despretensiosa, pois ele traz o texto bíblico à vida com uma série de vinhetas visualmente marcantes e emocionalmente poderosas. O elenco é uniformemente excelente, trazendo seus personagens à vida com profundidade e nuances. A trilha sonora do filme, composta por Mozart e Bach, é uma mistura magistral de música sacra e secular, capturando perfeitamente o clima e a atmosfera de cada cena. Em última análise, A Bíblia: No Princípio... é um testemunho do poder duradouro do texto bíblico e de seus temas atemporais de amor, sacrifício e redenção. A representação do filme da condição humana é profunda e pungente, pois explora as complexidades e fragilidades da existência humana. Com seus visuais impressionantes, performances memoráveis e escopo épico, A Bíblia: No Princípio... é uma experiência cinematográfica que deixará uma impressão duradoura em todos que a virem.

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