O Dia do Gafanhoto
Enredo
O Dia do Gafanhoto (1975) é uma adaptação assombrosa e perturbadora do romance homônimo de 1939 de Nathanael West. Ambientado na era de ouro de Hollywood nos anos 1930, o filme conta a história de Tod Hackett, um jovem pintor que luta para fazer um nome para si mesmo como diretor de arte no mundo decadente da indústria cinematográfica. Enquanto Tod navega pelo cenário implacável e superficial de Tinseltown, ele fica apaixonado por sua vizinha Faye Greener, uma aspirante a atriz que está desesperada para entrar no show business. A inocência e ingenuidade de Faye são justapostas ao comercialismo grosseiro e à decadência moral que a cercam, enquanto ela é constantemente bombardeada pela superficialidade da elite de Hollywood. À medida que Tod se torna cada vez mais obcecado por Faye, ele começa a perder o controle da realidade, descendo a um mundo de loucura e desespero. Sua fixação em Faye se reflete em seus esforços artísticos, que se tornam cada vez mais distorcidos e surreais, refletindo seu próprio senso de desilusão e desespero. Enquanto isso, a vida de Faye toma um rumo sombrio quando ela fica presa no mesmo ciclo de decepção e desgosto que a atormenta desde que chegou a Hollywood. Seus relacionamentos com homens são superficiais e transacionais, deixando-a se sentindo vazia e insatisfeita. À medida que o filme atinge seu clímax, o estado mental de Tod se deteriora ainda mais, levando a uma série de eventos bizarros e perturbadores que confundem as linhas entre realidade e fantasia. O ato final do filme é uma representação surreal e assustadora da descida de Tod à loucura, enquanto ele fica preso em seu próprio inferno particular. O Dia do Gafanhoto é uma crítica poderosa do Sonho Americano, expondo o vazio e a superficialidade no coração da era de ouro de Hollywood. Através de sua exploração dos aspectos mais sombrios da natureza humana, o filme apresenta uma acusação mordaz das pressões sociais que levam as pessoas a sacrificarem seu próprio bem-estar em busca de fama e fortuna.