Doce Obsessão

David Martinaud, um contador diligente, leva uma vida dupla. Aparentemente, ele é um filho devotado, visitando seus pais todo fim de semana. No entanto, essa rotina supostamente inocente serve como um ardil astuto para a verdadeira paixão de David: reformar meticulosamente sua casa de campo. A razão por trás de seu sigilo reside em seu desejo de transformar essa humilde moradia em um santuário impecável. À medida que a reforma avança, David fica cada vez mais obcecado com o projeto, sacrificando seus relacionamentos e vida social em prol de sua amada casa de campo. Sua noiva, Sophie, cansa-se de sua ausência e falta de atenção, enquanto seus pais, embora bem-intencionados, permanecem alheios às verdadeiras motivações de seu filho. Conforme as paredes da casa começam a tomar forma, também o fazem as neuroses de David. Ele fica fixado em detalhes minuciosos, negligenciando suas responsabilidades e relacionamentos em favor desse empreendimento que o consome totalmente. Sophie chega ao seu limite, encerrando o noivado, deixando David devastado, mas, no fim das contas, liberado das restrições das expectativas sociais. Essa doce doença, como David percebe, não é apenas uma metáfora para seu amor pela casa, mas também um reflexo de sua própria necessidade de controle e perfeccionismo. Ao finalmente se mudar para seu refúgio recém-reformado, David deve confrontar o vazio dentro de si, reconhecendo que a verdadeira felicidade não reside na busca por bens materiais, mas em conexões humanas genuínas. Através dessa retratação comovente, "Doce Obsessão" explora temas de identidade, relacionamentos e as linhas tênues entre realidade e fantasia.