Jimi Plays Monterey

Jimi Plays Monterey

Trama

Era um dia quente de verão em 1967, 18 de junho para ser exato, quando Jimi Hendrix, a sensação britânica da guitarra, subiu ao palco do Monterey Pop Festival. Apoiado por seu confiável Experience de duas peças, Noel Redding no baixo e Mitch Mitchell na bateria, o trio estava prestes a fazer história. Para Hendrix, foi sua estreia na América, um momento que não só o apresentaria ao público americano desavisado, mas também gravaria seu nome nos anais da história da música. Quando Hendrix e seu Experience subiram ao palco, a multidão era uma mistura de curiosos, hipsters e entusiastas da música. O ar estava carregado e a expectativa era palpável. Os três músicos lançaram sua primeira música, "Rock Me Baby", um clássico do blues que mostrava o domínio magistral de Hendrix sobre a guitarra. Seus dedos dançavam pelo braço, tecendo um feitiço de magia sônica que cativou a plateia. O poder bruto e emotivo da apresentação era intoxicante, uma verdadeira expressão da música fluindo pelas veias de Hendrix. Em seguida, veio uma versão estrondosa de "Killing Floor" de Howlin' Wolf. A música, um testamento à energia primal e lancinante do blues, permitiu a Hendrix demonstrar sua proeza técnica. Seu pedal wah-wah adicionou um toque lamentoso e melancólico à música, enviando arrepios na espinha de todos os presentes. A multidão estava fascinada, sentindo que estava testemunhando algo especial. A apresentação do trio de "Like a Rolling Stone" de Bob Dylan foi uma jogada ousada, pois sinalizou um afastamento da estrutura tradicional do blues. A interpretação de Hendrix da música foi uma masterclass em reinvenção, transformando a obra-prima poética de Dylan em uma experiência visceral e psicodélica. Sua guitarra encharcada de feedback e seus vocais estrondosos injetaram um novo nível de intensidade na música, ultrapassando os limites do que se achava possível. O setlist de Hendrix também apresentou versões iniciais de músicas de seu álbum de estreia, que seria lançado em breve, Are You Experienced?. Essas músicas, ainda em sua infância, foram preenchidas com experimentação psicodélica e inovação sônica, oferecendo um vislumbre das ambições criativas ilimitadas do guitarrista. O grand finale foi uma performance para todas as épocas. Quando o Experience atacou "Wild Thing", uma música escrita por Chip Taylor, a energia no palco era elétrica. Hendrix, alimentado por adrenalina e fúria criativa, lançou uma versão frenética e alucinada da música. Sua guitarra chorava, gritava e berrava, enquanto ele induzia feedback e distorção do instrumento. A performance foi um triunfo de energia bruta e musicalidade intuitiva, deixando a plateia atordoada e sem fôlego. E então, em um momento que se tornaria uma imagem icônica na história da música, Hendrix sacrificou sua guitarra às chamas. Enquanto ele incendiava o instrumento, uma cena surreal se desenrolou, com a multidão assistindo em admiração. O sacrifício foi um ato ritualístico, uma despedida do velho e um abraço ao novo, enquanto Hendrix entrava no desconhecido. A apresentação no Monterey Pop Festival encapsulou o espírito rebelde da época, com o Experience de Hendrix incorporando o espírito de experimentação e inconformismo que definiu a contracultura dos anos 1960. Quando as cortinas se fecharam neste lendário set, Jimi Hendrix havia se estabelecido como uma força a ser reconhecida, um mestre guitarrista e compositor que ultrapassaria os limites da música por muitos anos.

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