Feito na América

Enredo
Em meio à Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos se viu enredado em uma complexa teia de operações clandestinas. Um desses indivíduos, Barry Seal, emergiu como um ator-chave nessa intrincada dança de poder e decepção. Piloto de linha aérea comercial da Trans World Airlines (TWA) e, posteriormente, piloto fretado, a vida de Seal tomou um rumo dramático ao fazer a transição para o mundo da espionagem. Feito na América, dirigido por Doug Liman, conta a história verídica da notável trajetória de Barry Seal, navegando pelas linhas tênues entre a CIA e o notório cartel de Medellín. O filme começa com a apresentação de Barry Seal, interpretado por Tom Cruise, como um piloto charmoso e carismático com talento para contar histórias. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ele é recrutado pela CIA para pilotar uma missão clandestina na Nicarágua em 1981. O conjunto de habilidades único de Seal – suas habilidades de voo e amplo conhecimento da América Latina – o tornaram um candidato ideal para a agência. Inicialmente, ele foi encarregado de vigiar o governo sandinista, mas logo se vê atraído para um mundo de sigilo e engano. À medida que o envolvimento de Seal com a CIA se aprofunda, ele estabelece relacionamentos com altos funcionários da agência, incluindo Monty Webb (Domhnall Gleeson) e Max (Jesse Plemons). Essas conexões abrem portas para Seal, apresentando-o a um mundo de missões de alto risco e operações secretas. No entanto, não demora muito para que ele cruze o caminho do cartel de Medellín, que reconhece o valor de sua experiência de voo. Um encontro casual com o principal tenente de Pablo Escobar, Jorge Ochoa (Michael Stuhlbarg), prepara o terreno para o envolvimento complicado e mortal de Seal com o cartel. O relacionamento de Seal com a CIA comprova ser uma faca de dois gumes. Por um lado, seu trabalho com a agência permite que ele viva uma vida de luxo, completa com uma casa luxuosa e uma predileção por carros exóticos. Por outro lado, ele se vê cada vez mais envolvido nas atividades do cartel, transportando cocaína e outros contrabandos pelo continente. À medida que o envolvimento de Seal com o cartel se aprofunda, sua lealdade à CIA começa a diminuir, e ele se vê dividido entre seu dever para com a agência e sua crescente afeição pelo estilo de vida luxuoso do cartel. O tom do filme muda à medida que o mundo de Seal começa a desmoronar. Com a CIA descobrindo suas ligações com o cartel, o status de Seal dentro da agência é posto em risco. Sua vida outrora estável agora está entrando em queda livre, e seus relacionamentos com aqueles ao seu redor começam a se desfazer. Sua esposa, Lucy (Sarah Wright), fica cada vez mais desconfiada das atividades de Seal, causando tensão em seu casamento. À medida que os problemas de Seal aumentam, ele se vê enfrentando forças poderosas, incluindo o cartel de Medellín e a CIA. Ao longo de Feito na América, as linhas entre o certo e o errado se tornam cada vez mais tênues. As ações de Seal são moralmente ambíguas, e suas motivações são multifacetadas. Em vez de retratá-lo como uma figura heróica ou um vilão direto, o filme apresenta um retrato matizado de um indivíduo complexo que luta para navegar em um mundo traiçoeiro. Os relacionamentos de Seal com as pessoas ao seu redor – incluindo sua família, seus manipuladores da CIA e os líderes do cartel – adicionam profundidade à narrativa, humanizando-o além dos limites de um thriller de espionagem. À medida que a história se desenrola, os riscos aumentam, e Seal se vê na mira de seus inimigos. Seu destino acaba se tornando um conto de advertência sobre os perigos de ser pego na teia da espionagem e as consequências de brincar com fogo. Feito na América é um retrato emocionante e intenso do mundo da espionagem, onde a lealdade é um luxo que poucos podem pagar, e a linha entre o heroísmo e a vilania está constantemente borrada. Com seus personagens complexos, enredo intrincado e ação ininterrupta, o filme oferece um passeio emocionante que é parte fascinante e parte perturbador.
Resenhas
Recomendações
