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Enredo

De Nas ruas vibrantes de Vancouver, Kim Villagante, de 17 anos, navega na dança precária entre pertencimento e identidade. Nascida de pais filipinos, Kim existe como a jovem imigrante de segunda geração por excelência, lidando com as complexidades de sua bagagem cultural e as expectativas que vêm com ela. Este curta-metragem de amadurecimento, contado através de uma lente visualmente deslumbrante e musicalmente carregada, narra a jornada de Kim enquanto busca reconciliar seu amor por sua herança com a pressão para se conformar às normas de sua comunidade predominantemente asiática-canadense. O filme começa com Kim, também conhecida como Kimmortal, uma artista e rapper em ascensão, expressando-se através de sua música vibrante e letras sem remorso. Ao vislumbrarmos o mundo interior de Kim, fica claro que sua paixão por sua cultura e identidade está em desacordo com os valores conservadores e as normas sociais que governam a vida de seus pares. Dentro dos limites do restaurante filipino de sua família, espera-se que Kim se conforme às expectativas tradicionais, mas fora dessas paredes, eles procuram criar um espaço único onde possam se expressar livremente. Através de uma rica tapeçaria de música, dança e palavras faladas, a luta de Kim para reconciliar sua identidade ganha destaque. A narrativa é tecida a partir de uma colcha de retalhos de vinhetas que mostram a expressão criativa de Kim - desde a emoção bruta de uma apresentação de palavras faladas até a energia alegre de uma rotina de breakdance. Esses momentos servem como um testemunho da resiliência e dedicação de Kim à sua arte, enquanto eles procuram usar sua voz para celebrar sua herança e desafiar as narrativas dominantes que definem sua comunidade. No entanto, a pressão para se conformar está sempre presente, exercida tanto pelas expectativas sociais que os cercam quanto pelas vozes internalizadas que sussurram dúvidas e incertezas. Os relacionamentos de Kim com sua família e amigos são carregados de tensão, enquanto eles navegam entre o desejo de se encaixar e a necessidade de se destacar. Seus pais, embora amorosos e solidários, lutam para entender as escolhas de Kim e os encorajam a priorizar a tradição em detrimento da individualidade. Os momentos mais pungentes do filme surgem quando Kim se depara com as duras realidades da apropriação cultural e da mercantilização de sua herança. Quando começam a apresentar sua música e dança em espaços públicos, são recebidos com admiração e inveja de seus pares, mas também com críticas e suspeitas. Alguns veem sua expressão artística como uma representação autêntica de sua cultura, enquanto outros a veem como uma imitação superficial. Kim é forçado a confrontar as complexidades do intercâmbio cultural, enquanto lida com a tensão entre preservar a tradição e inovar para um público moderno. À medida que a narrativa se desenrola, a jornada de Kim se torna uma metáfora poderosa para as lutas universais que todos enfrentamos como indivíduos - para encontrar nosso lugar no mundo, para afirmar nossa identidade e para navegar pelas complexidades de nossos relacionamentos com os outros. Através de sua história, o filme oferece um retrato profundamente relacionável e profundamente humano do que significa ser um jovem artista, dividido entre o desejo de se encaixar e a necessidade de se destacar. Em última análise, De é um triunfo cinematográfico que ressoará profundamente com públicos de todas as idades. Através de seus visuais vibrantes, música emocionante e mensagem ousada, o filme nos desafia a repensar nossas suposições sobre identidade, pertencimento e expressão criativa. Ao observarmos Kim navegar pelo intrincado cenário de sua própria identidade, somos lembrados de que a jornada para a autodescoberta nunca é fácil, mas sempre vale a pena.

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Resenhas