Hair

Enredo
Hair é um filme de comédia dramática musical de 1979 que adota uma abordagem satírica às normas sociais e à Guerra do Vietnã, ao mesmo tempo em que mostra uma história de amadurecimento através do personagem de Claude Bukowski. O filme acompanha Claude, um jovem de uma família conservadora que vive em um rancho em Oklahoma. Após receber sua convocação, Claude relutantemente deixa o rancho de sua família e começa sua jornada para Fort Dix, New Jersey, onde está programado para participar do treinamento militar como membro do Exército dos Estados Unidos. Ao longo do caminho, Claude conhece uma tribo de hippies cabeludos e anti-guerra, liderados por Sheila Franklin, uma artista apaixonada por ativismo. A princípio, os hippies são retratados como o epítome dos indivíduos de espírito livre que incorporam os valores do movimento da contracultura dos anos 1960. A tribo acolhe Claude, cobrindo-o de aceitação e afeição, um contraste gritante com o ambiente estrito e militarista do exército que o aguarda. No entanto, esse contraste não é apenas uma função dos estilos de vida opostos dos personagens. O tempo de Claude com os hippies serve como uma fuga de sua educação opressiva e tradicional, onde ele está frequentemente em desacordo com seus pais, particularmente seu pai autoritário. Como membro da tribo hippie, Claude experimenta uma sensação de liberdade e pertencimento que nunca havia conhecido antes. Através de suas interações com Sheila e os outros hippies, Claude começa a ver o mundo de uma perspectiva diferente, uma que desafia os valores convencionais com os quais ele foi criado. O enredo central de Hair gira em torno dos temas de rebelião e resistência, enquanto Claude e os hippies desafiam as normas sociais que percebem como opressivas e injustas. Os hippies incorporam um sentimento anti-establishment, que foi particularmente pronunciado durante os tumultuosos anos 1960. Através de seu ativismo e expressão artística, eles procuram desafiar as estruturas de poder existentes e promover uma mensagem de amor, paz e mudança social. Um dos aspectos mais marcantes do filme é o uso de música e dança. A trilha sonora, que apresenta uma variedade de estilos musicais, incluindo folk, rock e pop, serve para sublinhar os temas do filme e criar um senso de comunidade entre os personagens. Os números musicais muitas vezes adotam um tom satírico, zombando das normas e valores sociais que os hippies rejeitam. Esses interlúdios musicais contribuem para a sensação de energia e espontaneidade do filme, capturando a natureza de espírito livre do movimento hippie. Ao longo de seu tempo com os hippies, Claude se torna cada vez mais conflituoso sobre sua próxima tarefa no exército. Enquanto ele luta com a perspectiva de deixar para trás seus novos amigos e a sensação de liberdade que eles lhe deram, Claude começa a questionar seus próprios valores e identidade. Essa turbulência interna serve como um catalisador para sua transformação, pois ele percebe que não precisa se conformar às expectativas da sociedade ou abandonar sua individualidade. O ato final do filme encontra Claude e os hippies se unindo para protestar contra a guerra e desafiar as autoridades. A cena é uma poderosa expressão dos temas do filme, pois os personagens afirmam seu direito de se expressar e participar de protestos pacíficos. Embora o final do filme seja um tanto ambíguo, com o destino final de Claude permanecendo incerto, fica claro que ele passou por uma transformação significativa desde sua chegada a Nova York. Hair captura um momento no tempo, um humor e atmosfera particular que definiu o final dos anos 1960 e início dos anos 1970. É um filme que reflete os valores e a política da época, bem como a sensação de desilusão e rebelião que caracterizou a juventude da época. Através de seu retrato da jornada de um jovem de uma educação tradicional para o movimento da contracultura, o filme oferece uma exploração matizada da identidade, pertencimento e a busca pelo próprio lugar no mundo.
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