A Estalagem da Jamaica

A Estalagem da Jamaica é um filme de drama britânico de 1939 realizado por Alfred Hitchcock e protagonizado por Charles Laughton e Maureen O'Hara. Ambientado no início do século XIX, o filme é uma adaptação do romance homónimo de 1936 de Daphne du Maurier. A história desenrola-se na costa da Cornualha, Inglaterra, onde a jovem Mary Yellan (Joan Fontaine), uma jovem determinada e aventureira, chega à isolada Estalagem da Jamaica, a casa da sua tia. Ao chegar, Mary é recebida com suspeita e hostilidade pelos frequentadores da estalagem, que parecem estar a esconder segredos. Ela depressa descobre que a sua tia, Patience, é casada com Joss Merlyn (Laughton), uma figura carismática mas aterradora que gere a estalagem com mão de ferro. Sem o conhecimento de Mary, Joss é o líder de um bando de contrabandistas e saqueadores que visam navios com destino ao porto próximo e saqueiam a sua carga, usando a estalagem como esconderijo. À medida que Mary se esforça para se adaptar ao seu novo ambiente, ela faz amizade com um dos frequentadores da estalagem, Francis Davey (Leslie Banks), que parece ser a única pessoa genuinamente amigável na estalagem. Francis é um tanto marginalizado, e Mary confidencia-lhe as suas suspeitas sobre as atividades de Joss. No entanto, antes que possam partilhar as suas descobertas, Francis é morto num trágico acidente, que é convenientemente abafado por Joss e os seus homens. As suspeitas de Mary são ainda mais confirmadas quando ela testemunha um dos homens de Joss, Harry Dawe (Hay Petrie), a assassinar brutalmente um marinheiro ferido que tinha sobrevivido a um naufrágio orquestrado por Joss e o seu bando. Horrorizada com a descoberta, Mary sabe que tem de agir para deter Joss e os seus cúmplices. No entanto, Joss exerce um poder significativo sobre os habitantes locais, e muitos têm medo de se manifestar contra ele. A única aliada de Mary é o irmão de Francis, James Davey (Robert Newton), que tinha sido marinheiro, mas é agora um condenado detido na prisão local. Os dois formam um laço provisório, e James oferece-se para ajudar Mary a recolher provas contra Joss. À medida que Mary se aprofunda nas operações de Joss, ela envolve-se cada vez mais numa teia de perigo e deceção. Ela descobre que Joss tem uma rede de informadores e espiões que monitorizam a comunidade local, mantendo um olhar atento sobre qualquer pessoa que possa representar uma ameaça às suas atividades. A tensão aumenta à medida que Mary se torna cada vez mais isolada, sem ninguém em quem confiar. A situação agrava-se quando uma estranha misteriosa, uma jovem, chega à estalagem, e Mary está convencida de que a mulher pode ser uma peça-chave no submundo local. A estranha, como se vê, é uma colega vítima do bando de Joss, e Mary percebe que pode estar em grave perigo. Por fim, Mary concebe um plano para recolher provas dos crimes de Joss e apresentá-las às autoridades. No entanto, no momento em que está prestes a sair da estalagem, ela é emboscada pelos homens de Joss, e parece que toda a esperança está perdida. Milagrosamente, James intervém, e o plano de Mary começa a desenrolar-se. No clímax emocionante, James e Mary manobram Joss e o seu bando, levando a um confronto final e dramático. Numa sequência emocionante, os dois párias lutam para levar Joss à justiça, usando toda a sua inteligência e coragem para ultrapassar o notório líder. Graças à bravura e determinação de Mary, Joss é finalmente capturado, e o seu reinado de terror chega ao fim. Mary também descobre a verdade sobre o passado da sua tia, que tinha estado anteriormente envolto em mistério. A estalagem é finalmente limpa da sua sórdida reputação, e Mary, com James ao seu lado, está pronta para deixar o passado turbulento para trás e enfrentar um futuro mais risonho. À medida que a história chega ao fim, a paisagem agreste da Cornualha ergue-se como pano de fundo para o triunfo da justiça, enquanto Mary, agora mais forte e mais sábia, aprendeu o valor de se levantar contra o mal e lutar pelo que é certo.