Eu

Eu

Enredo

"Eu" é uma comédia sombria instigante que investiga a vida de dois indivíduos, ambos lutando à sua maneira: Jane (interpretada por Emily Blunt), uma atriz decadente desesperada para reviver sua carreira em declínio, e Harry (interpretado por Eddie Redmayne), um criador de reality shows que já foi famoso e que foi consumido por suas próprias ilusões paranóicas. Harry, que foi um pioneiro no gênero de reality TV, acredita que sua vida está sendo constantemente filmada por câmeras escondidas e que ele é a estrela de seu próprio reality show. Ele vive em um mundo onde cada momento é uma cena em potencial, onde cada conversa é um diálogo roteirizado e cada movimento que ele faz é uma performance cuidadosamente elaborada. Para ele, isso não é apenas uma realidade, mas uma bênção - ele é o protagonista de sua própria história épica e cada dia é uma chance de provar que é uma estrela digna. Jane, por outro lado, é a agente de Jane, Rachel, e sua produtora rival. Rachel está desesperada para criar um sucesso para uma rede de entretenimento com a qual fez parceria e vê esta oportunidade de reality show com Harry como uma forma potencial de reviver sua carreira e ajudar Rachel a chegar ao topo. O objetivo de Rachel é vencer, como é típico entre produtores e agentes de talento nesse negócio. Jane inicialmente rejeita a ideia de estrelar um reality show sobre seu amigo Harry, temendo que isso exponha sua vulnerabilidade e possa danificar o relacionamento deles. No entanto, quando Rachel lhe promete a chance de reviver sua carreira, Jane começa a repensar. Ela convence Rachel a deixá-la se encontrar com Harry e conversar sobre a ideia, com a condição de que o programa seja apresentado de uma forma mais parecida com uma sátira ou um falso documentário, enfatizando o absurdo da situação de Harry. À medida que Jane e Harry começam a trabalhar no conceito do reality show, "Eu", fica claro que os delírios de Harry ganharam vida própria. Ele acredita que cada conversa está sendo gravada, cada movimento está sendo filmado e cada decisão é uma reviravolta dramática. Seus amigos e familiares lutam para lidar com suas travessuras e Jane se vê dividida entre sua lealdade a Harry e suas próprias ambições de carreira. A performance de Harry no mundo ao seu redor se torna cada vez mais teatral à medida que o show avança, e se torna cada vez mais difícil para Jane separar a realidade da ficção. Harry está realmente vivendo em um mundo de sua própria criação ou está simplesmente tentando recuperar os holofotes que o iludiram desde o auge de seu reality show? A linha entre os dois se torna cada vez mais tênue e Jane se vê questionando suas próprias percepções da realidade. Quando "Eu" estreia no ar, se torna um sucesso surpreendente, com o público cativado pelas travessuras de Harry e a genuína preocupação de Jane com seu bem-estar. Enquanto isso, Rachel está exultante, vendo seu investimento valer a pena. Jane começa a perceber que inadvertidamente se tornou parte do reality show de Harry e que sua própria vida agora faz parte da narrativa. Ao longo do show, o personagem de Harry se torna cada vez mais complexo, expondo a fragilidade da TV de realidade e os artistas que a habitam. Seus delírios servem como um reflexo das pressões sociais que empurram os indivíduos a se apresentarem constantemente e a buscarem validação por meio de suas criações. O show levanta questões importantes sobre identidade, autenticidade e o impacto da TV de realidade em nossas percepções da realidade. No final, Jane chega a uma percepção sobre a natureza da realidade e as linhas tênues entre o que é real e o que é roteirizado. Sua personagem finalmente encontra uma maneira de equilibrar suas aspirações de carreira com sua lealdade a Harry, que, em uma reviravolta surpreendente, começa a questionar o próprio tecido de sua realidade. A cena final mostra Harry, agora incerto sobre a natureza de sua realidade, libertando-se de seu mundo roteirizado, deixando o público a ponderar sobre a verdadeira natureza da realidade. "Eu" é um filme que desafia o espectador a considerar as linhas tênues entre realidade e performance, a fragilidade da identidade e as consequências de nossa busca constante por validação por meio de nossas criações. Com sua premissa instigante e performances excelentes, esta comédia sombria é imperdível para quem se interessa pela interseção de reality TV, a condição humana e as complexidades da identidade.

Eu screenshot 1
Eu screenshot 2

Resenhas