Guerreiros foram outrora

Guerreiros foram outrora

Enredo

Guerreiros foram outrora é um filme de drama neozelandês de 1994 que conta a história pungente e inflexível da família Heke, uma família Maori lutando para sobreviver nas duras realidades da Auckland dos anos 1980. Dirigido por Lee Tamahori e baseado no romance homônimo de Alan Duff, o filme lança luz sobre o lado sombrio da vida em uma cidade onde as tradições culturais estão sendo corroídas pelas influências corruptoras da urbanização e o legado do colonialismo. No centro da narrativa está Beth Heke (interpretada por Rena Owen), uma mulher Maori forte e orgulhosa que se casou com um modo de vida mais ocidentalizado. Seu marido, Jake (interpretado por Temuera Morrison), é uma figura complexa e problemática que personifica as contradições de sua geração. Nascido em uma família Maori tradicional, mas criado em um ambiente europeu, as experiências de Jake o deixaram sentindo-se um estranho em sua própria cultura. Suas lutas contra o desemprego e o vício alimentam uma frustração e raiva profundamente enraizadas que muitas vezes se expressam em explosões violentas, particularmente em relação à sua esposa e filhos. A vida da família gira em torno da determinação inflexível de Beth em mantê-los à tona, apesar das crescentes dificuldades que enfrentam. À medida que o comportamento de Jake se torna cada vez mais errático e destrutivo, Beth se vê caminhando na corda bamba entre proteger seus filhos e sua própria dignidade, enquanto tenta manter seu marido unido. Seus esforços para manter a família intacta cobram um preço em seu próprio bem-estar físico e emocional, mas ela permanece firme em seu compromisso, impulsionada por um profundo amor por seus filhos e um senso de lealdade ao marido. Os filhos da família Heke estão na vanguarda da narrativa, forçados a navegar em um mundo que parece cada vez mais hostil e desconhecido. O mais velho, Hemi (interpretado por Calvin Tuteao), perdeu o rumo e está começando a adotar os mesmos comportamentos destrutivos de seu pai. Os esforços de sua mãe Beth para guiá-lo por um caminho mais positivo são frequentemente frustrados pela influência tóxica de Jake, e a sensação de confusão e desorientação do menino é palpável. Os filhos Nig (interpretado por Taungape Tamati) e Tooto (interpretado por Manu Bennett) são igualmente afetados pelas ações de seu pai, lutando para entender por que o homem que amam e admiram é capaz de um comportamento tão cruel e doloroso. Os dois meninos estão desesperados por uma conexão com seu pai, mas a incapacidade de Jake de lhes fornecer estabilidade e amor os deixa se sentindo rejeitados e envergonhados. O terceiro filho, Sonny (interpretado por Mana Taumaunu), é o mais vulnerável das crianças, nascido com paralisia cerebral e lutando para encontrar seu lugar dentro da família. A defesa incansável de sua mãe em seu nome o ajudou a obter um senso de autoestima, mas a negligência e o desdém de Jake apenas servem para exacerbar os sentimentos de inutilidade de Sonny. À medida que a história se desenrola, fica claro que as lutas da família Heke não são exclusivas deles. Eles fazem parte de um padrão maior de desilusão e desafeição que aflige muitas famílias Maori que vivem em áreas urbanas. A perda da identidade cultural e a erosão dos valores tradicionais criaram uma sensação de deslocamento e confusão que muitos desses jovens estão lutando para superar. Beth, enquanto isso, é movida por um senso de propósito que vai além de simplesmente sobreviver. Ela quer encontrar uma maneira de curar sua família e reivindicar sua herança Maori, para restaurar seu orgulho e auto-respeito. Conforme o filme avança para seu clímax, Beth começa a questionar se sua determinação em manter a família unida vale o custo. Seus filhos estão crescendo, perdendo sua inocência e começando a ver o mundo com olhos novos e críticos. É hora de enfrentar a realidade de sua situação e encontrar uma maneira de romper com o ciclo de violência e abuso. Guerreiros foram outrora é um testemunho do poder da narrativa e da resiliência do espírito humano. Contra todas as probabilidades, a família Heke encontra maneiras de perseverar e, finalmente, encontrar um senso de esperança e pertencimento. Embora a jornada seja repleta de desafios e contratempos, o filme oferece, em última análise, uma mensagem de redenção e renovação, um lembrete de que, mesmo nos momentos mais sombrios, sempre há uma chance de transformação e cura.

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