Serial Mom - Mamãe Serial (br) / A Mãe Serial (pt)

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Enredo

No filme de comédia sombria de 1994, Serial Mom, Beverly Sutphin, interpretada por Kathleen Turner, parece ser o epítome da perfeição suburbana. Sua casa imaculadamente decorada, seu marido adorável e dois filhos bem-comportados criam uma fachada idílica invejada por seus vizinhos. No entanto, por baixo dessa fachada, Beverly abriga um segredo obscuro e perverso - ela tem uma fascinação crescente por assassinos em série, especificamente por figuras como Ted Bundy e Ed Gein. À medida que o filme se desenrola, torna-se evidente que a obsessão de Beverly por esses assassinos notórios atingiu um ponto em que ela começa a se ver como um deles. Seu interesse em seu modus operandi e motivações desperta uma sensação de inquietação dentro dela, que ela não consegue mais conter. Os limites entre a realidade e a fantasia começam a se confundir, levando Beverly a cometer uma série de assassinatos hediondos que imitam os de seus ídolos. A primeira vítima é um atendente de estacionamento que a impede no trânsito, provocando uma sensação de indignação e justificativa para as ações de Beverly. À medida que a contagem de corpos aumenta, a família e os amigos de Beverly ficam perplexos e aterrorizados com seu comportamento aparentemente inexplicável. Seu marido, Lou (Sam Waterston), está alheio aos obscuros impulsos de sua esposa, acreditando que ela está apenas passando por uma crise de meia-idade. Seus filhos, Dennis (Matthew Lillard) e Carol Anne (Sally Jessy Raphael), estão igualmente perplexos, com Dennis lutando para conciliar a natureza aparentemente saudável de sua mãe com seus crimes horríveis. Um dos aspectos mais marcantes de Serial Mom é sua desconstrução das normas e expectativas sociais depositadas nas mães. O desejo de Beverly de ser a dona de casa perfeita, juntamente com seus próprios desejos e fantasias reprimidos, acaba por ser sua ruína. À medida que ela escorrega ainda mais na loucura, sua obsessão por assassinos em série se torna uma metáfora para as restrições impostas às mulheres e as consequências de sua repressão. Através da personagem de Beverly, o roteirista/diretor John Waters destaca o lado sombrio da vida suburbana, onde a fachada da perfeição pode esconder uma infinidade de pecados. A escrita e a direção inteligentes de Waters zombam das expectativas sociais depositadas nas mães, bem como da hipocrisia e dos padrões duplos da classe média. O filme é uma sátira mordaz que disfarça inteligentemente seu comentário social sob seu humor e gore ultrajantes. À medida que a investigação dos assassinatos se desenrola, a sargento Kessler (Ricki Lake), uma detetive obstinada e determinada, fica cada vez mais obcecada em resolver o caso. Seu próprio passado sombrio e relacionamentos conturbados a tornam uma personagem simpática e complexa, adicionando profundidade à narrativa do filme. A tensão aumenta à medida que o público é mantido adivinhando, sem saber se Beverly será pega ou continuará sua onda de assassinatos. No final climático do filme, o mundo de Beverly começa a desmoronar à medida que seus crimes são expostos e sua família é ameaçada. À medida que ela é levada à beira da loucura pelas consequências de suas ações, sua obsessão por assassinos em série atinge um pico. Em uma reviravolta chocante, Beverly é morta por um grupo de vigilantes que decidiram puni-la por seus crimes. Serial Mom é uma obra-prima de comédia sombria que explora as complexidades da natureza humana e as consequências das pressões sociais sobre os indivíduos. Através de sua escrita inteligente, direção espirituosa e performance excelente de Kathleen Turner, o filme oferece uma crítica mordaz da vida suburbana e das expectativas depositadas nas mães. Como sátira, é ultrajante e instigante, tornando-se um clássico cult que continua a fascinar o público até hoje.

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