Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera

Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera

Enredo

No mundo sereno e isolado de um lago tranquilo, um monge budista sábio e idoso reside num pequeno e requintado templo flutuante, rodeado por uma vegetação luxuriante e pela melodia suave da natureza. O monge, um símbolo de paz e iluminação, passa os seus dias em contemplação, meditação e nos ensinamentos do budismo. Não está sozinho na sua morada, pois é acompanhado por um jovem rapaz, que está sob a sua tutela e formação para se tornar um monge noviço. O jovem, como uma tela em branco, está cheio de vida e curiosidade, desejando aprender e crescer sob a orientação do seu venerável professor. À medida que as estações mudam, vislumbramos as vidas do monge e do rapaz, formando um laço que transcende as palavras, enquanto vivem em harmonia com o mundo natural. Na primavera, o lago fervilha de vida e o ar está cheio do aroma doce das flores a desabrochar. O jovem, cheio de energia e vitalidade, está a aprender os caminhos do budismo, e o monge está pacientemente a instruí-lo nos ensinamentos da compaixão, da bondade amorosa e da autodisciplina. Os dois vivem em perfeita sintonia, os seus dias cheios de rituais simples, mas profundos, como a arte da caligrafia, o cultivo do jardim e o estudo das escrituras. À medida que as estações progridem e o verão chega, o ar está quente e húmido, mas a tranquilidade do lago permanece inabalável. O treino do jovem torna-se mais rigoroso, com o monge a introduzi-lo à arte da meditação, que requer foco, paciência e autocontrolo. Testemunhamos as dificuldades do rapaz em ficar quieto, a sua mente vagueando livremente, mas a presença e a orientação do monge mantêm-no firme. Quando o outono chega, a natureza veste uma capa de tons dourados, à medida que as folhas caem das árvores e o ar está fresco e fresco. A educação do jovem continua, e o monge ensina-o sobre a impermanência da vida, usando o mundo natural como uma metáfora. O rapaz começa a compreender a natureza fugaz da existência e a importância de viver no momento presente. O inverno, com o seu aperto gelado, chega e o lago torna-se uma paisagem gelada. O treino do jovem é posto à prova, pois é obrigado a suportar as condições mais duras, aprendendo a cultivar a paz interior e a compaixão. Vemos o carácter do rapaz a desenrolar-se, à medida que começa a incorporar as qualidades de um verdadeiro praticante budista. Com o passar dos anos, o jovem torna-se um homem, com uma compreensão profunda dos ensinamentos do budismo. A orientação e o acompanhamento do monge ajudaram-no a desenvolver um sentido de autoconsciência e empatia pelo sofrimento dos outros. À medida que as estações continuam a mudar, testemunhamos o ciclo da vida e a inevitabilidade da separação e da partida. No inverno da vida do velho monge, o rapaz que outrora foi seu aluno já há muito que deixou o templo flutuante, mas a memória da sua presença e das lições que partilharam permanecem. O velho monge, agora frágil e debilitado, senta-se sozinho no seu templo, mas o seu coração permanece ligado ao lago, às árvores e às estações do ano em mudança, recordando-lhe a natureza transitória da vida. Num final pungente, o velho monge, agora velho e fraco, prepara-se para a sua própria partida. Vemo-lo a soltar uma lanterna no ar, simbolizando o abandono dos apegos terrenos. A lanterna desaparece na escuridão, deixando o velho monge a encarar o fim da sua vida. Num ato final de compaixão, empurra suavemente o corpo de um peixe para as águas geladas, libertando-o do seu sofrimento e recordando-nos a importância de abraçar a impermanência da vida. À medida que as estações continuam a se repetir e o corpo do velho monge começa a voltar à natureza, o filme fecha o círculo, lembrando-nos os temas eternos e universais do budismo. Ficamos com um sentimento de encerramento e a lembrança de que a vida é um presente precioso, cheio de momentos de beleza e a oportunidade de cultivar a compaixão e a autoconsciência.

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