A Corporação

A Corporação

Enredo

A Corporação, um filme documentário dirigido por Mark Achbar e Joel Bakan, investiga as implicações psicológicas e sociais da corporação moderna, examinando seu comportamento e impacto no mundo. Baseado no livro "A Corporação: A Busca Patológica por Lucro e Poder" de Joel Bakan, o filme usa vários estudos de caso e opiniões de especialistas para ilustrar as tendências psicopáticas da corporação. O documentário começa analisando as origens do modelo corporativo, rastreando-o até a decisão legal americana no final do século XVIII que considerou uma corporação empresarial uma "pessoa" legal. Essa decisão concedeu às corporações personalidade jurídica, permitindo que tomassem decisões, celebrassem contratos e possuíssem propriedades, de forma semelhante a indivíduos humanos. No entanto, esse novo status também lhes concedeu um conjunto distinto de características que acabariam levando ao seu comportamento destrutivo. O filme cita vários estudos de caso para demonstrar as tendências psicopáticas da corporação, incluindo a notória indústria do tabaco, que promoveu conscientemente um produto que causava danos aos consumidores. Exemplos semelhantes da indústria farmacêutica, onde as empresas priorizam os lucros em detrimento da segurança do paciente, e a degradação ambiental causada por empresas que priorizam seus resultados financeiros em detrimento da sustentabilidade. De acordo com a narrativa do filme, o principal objetivo da corporação não é contribuir para a sociedade, mas maximizar os lucros e expandir sua participação no mercado. Esse foco singular está na raiz do comportamento destrutivo da corporação. O documentário destaca como as corporações priorizam os ganhos de curto prazo em detrimento da sustentabilidade de longo prazo, ignorando as consequências sociais e ambientais de suas ações. O filme argumenta que as tendências psicopáticas da corporação são o resultado de seu "modelo organizacional", que dita que a organização priorize seus próprios interesses acima de tudo. Isso se reflete na estrutura hierárquica da corporação, onde os funcionários são incentivados a servir aos interesses da organização, muitas vezes às custas de seus valores e ética pessoais. A influência da corporação na sociedade é profunda, com o filme destacando seu papel na formulação de políticas governamentais, na manipulação da opinião pública e no controle da mídia. Os interesses corporativos muitas vezes ditam os termos do discurso público, usando sua influência para moldar políticas e processos de tomada de decisão que atendam aos seus próprios interesses. Apesar da formidável influência da corporação, o documentário oferece uma mensagem de esperança, enfatizando que os indivíduos podem desafiar e mudar o comportamento destrutivo da corporação. Ele destaca os exemplos de indivíduos e grupos corajosos que confrontaram com sucesso as corporações, forçando-as a adaptar seu comportamento e priorizar o bem maior. O filme também explora o conceito de fatores "criminogênicos", que contribuem para o surgimento de tendências psicopáticas em indivíduos. Da mesma forma, o comportamento da corporação também é moldado por um conjunto de fatores "criminogênicos", incluindo sua estrutura organizacional, incentivos e normas culturais. O documentário sugere que, ao compreender e abordar esses fatores, os indivíduos podem trabalhar para mudar o comportamento da corporação e evitar seus resultados destrutivos. Um dos aspectos mais marcantes do documentário é seu exame dos perfis psicológicos dos líderes corporativos. O filme cita vários estudos e opiniões de especialistas que sugerem que os CEOs e outros líderes corporativos frequentemente exibem traços característicos da psicopatia, incluindo falta de empatia, impulsividade e um senso grandioso de auto-importância. Em última análise, A Corporação oferece um alerta poderoso sobre os perigos do poder corporativo desenfreado e as consequências de priorizar os lucros acima de tudo. Ao examinar o comportamento da corporação através de uma lente psicológica, o filme oferece uma compreensão diferenciada das complexas forças que impulsionam seu comportamento destrutivo. No entanto, o documentário também oferece uma mensagem de esperança, enfatizando que os indivíduos podem trabalhar juntos para mudar o comportamento da corporação e criar um mundo mais justo e sustentável. Ao examinar o modelo organizacional da corporação e defender mudanças em sua estrutura e incentivos, os indivíduos podem ajudar a mitigar suas tendências destrutivas e garantir que as corporações sirvam ao bem maior. A Corporação termina com um senso de urgência, enfatizando que o tempo é essencial para fazer mudanças no comportamento da corporação. Como o documentário coloca de forma pertinente, as tendências destrutivas da corporação representam uma profunda ameaça ao mundo e ao nosso futuro, mas, ao compreender seu comportamento e trabalhar juntos para mudá-lo, podemos criar um mundo mais justo e sustentável para todos.

A Corporação screenshot 1
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A Corporação screenshot 3

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