A Lebre e a Tartaruga

Enredo
No início da década de 1930, Walt Disney estava em ascensão, estabelecendo-se como uma figura proeminente no mundo da animação. Seu estúdio, Disney Brothers Cartoon Studio, já havia ganhado amplo reconhecimento com a criação de Oswald, o Coelho Sortudo, um personagem que ele havia criado para a Universal Pictures. Infelizmente, devido a uma disputa contratual, Disney perdeu os direitos de Oswald, o que o levou a criar um novo personagem, Mickey Mouse. O enorme sucesso de Mickey Mouse catapultou o estúdio de Disney a novas alturas, e a demanda por mais conteúdo estava no horizonte. Disney sabia que tinha que manter o embalo, então voltou sua atenção para a literatura clássica em busca de inspiração. Ele ficou fascinado pelas obras de Esopo, um antigo contador de histórias grego renomado por suas fábulas que transmitiam lições morais por meio de narrativas envolventes. Entre as histórias mais célebres de Esopo estava o clássico atemporal "A Lebre e a Tartaruga", que conta a história de um coelho veloz que tira uma soneca e, finalmente, não consegue vencer uma corrida contra uma tartaruga lenta, porém implacável. Dado o histórico de Disney em adaptar a literatura infantil para curtas de animação, Wilfred Jackson, o diretor, viu o potencial inexplorado em "A Lebre e a Tartaruga". A equipe tinha como objetivo entregar uma história que não apenas aderisse à mensagem original de Esopo, mas também mostrasse o humor, o charme e o capricho que se tornaram sinônimos das obras de Disney. A história começa com uma introdução à Lebre, um personagem jactancioso e arrogante que se orgulha muito de sua velocidade excepcional. Ele se gaba para as outras criaturas da floresta sobre suas impressionantes habilidades de corrida, proclamando que é o animal mais rápido da floresta. A Lebre é particularmente desdenhosa da Tartaruga, rotulando-a como "lenta e desajeitada". Isso leva os outros animais a fazerem uma aposta: se a Lebre conseguir vencer uma corrida contra a Tartaruga, o vencedor receberá uma cenoura dourada. À medida que o dia do grande evento chega, a Lebre se torna cada vez mais confiante. Ela começa a corrida com uma forte liderança, mas, à medida que a distância entre ela e a Tartaruga se alonga, ela se torna complacente, presumindo que a vitória é uma conclusão inevitável. A Lebre faz um passeio tranquilo, parando para desfrutar de um piquenique pelo caminho. Enquanto isso, a Tartaruga, com uma determinação inflexível e uma atitude de nunca desistir, continua correndo, embora em um ritmo lento. As coisas eventualmente mudam quando a Lebre se torna letárgica devido ao seu longo descanso. Ele acorda a tempo de perceber que a Tartaruga está a poucos metros de terminar a distância restante da pista. A Lebre tenta freneticamente acelerar, mas é tarde demais; a Tartaruga cruza a linha de chegada primeiro, para grande surpresa e consternação da Lebre, e até mesmo de alguns dos outros animais da floresta que acreditavam que a Lebre seria uma barbada para a vitória. No final, o orgulho excessivo da Lebre e a subestimação da Tartaruga acabaram levando à sua queda. A história é uma prova do velho ditado "o orgulho precede a queda", enfatizando que a arrogância pode levar à própria destruição, e que a perseverança e o trabalho árduo geralmente rendem maiores recompensas. A animação em "A Lebre e a Tartaruga" apresenta uma variedade de estilos visuais que contribuem para o charme do desenho animado. Walt Disney era conhecido por sua abordagem inovadora da animação e, neste curta-metragem em particular, Wilfred Jackson dá vida a essa visão. A Lebre é retratada como uma versão comicamente exagerada de si mesma, com um sorriso exagerado e traços faciais expressivos que capturam perfeitamente sua personalidade jactanciosa e autoconfiante. "A Lebre e a Tartaruga" marca um marco importante na ilustre carreira de Disney. Não apenas solidificou sua reputação como um mestre contador de histórias, mas também mostrou sua capacidade de adaptar clássicos atemporais para um público global. Além disso, a influência do filme pode ser vista em desenhos animados posteriores de Disney, incluindo a criação do Pernalonga, que compartilha um tema semelhante de um personagem excessivamente confiante enfrentando sua eventual queda nas mãos de um azarão determinado. O Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 1935 foi uma prova da animação inovadora de Disney em "A Lebre e a Tartaruga". O reconhecimento do desenho animado não apenas validou a visão criativa de Disney, mas também reconheceu sua dedicação em expandir os limites da animação. No final, "A Lebre e a Tartaruga" surge como um clássico atemporal que continua a cativar o público em todo o mundo, lembrando-nos de que a determinação e o esforço são fatores-chave para alcançar o sucesso.
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