Pietà

Pietà

Enredo

Pietà, o drama psicológico sul-coreano de 2012 dirigido por Kim Ki-duk, é uma exploração sombria da psique humana, aprofundando-se nos temas da redenção, moralidade e as complexidades do coração humano. O filme conta a história de um agiota implacável, Kang-do, interpretado por Lee Sun-kyun, que construiu sua vida nas costas dos desesperados e oprimidos. Ele opera com uma aura de ameaça, usando sua formidável presença física e brutalidade calculada para cobrar dívidas e manter uma reputação que causa medo nos corações daqueles que ousam cruzá-lo. No entanto, a fachada cuidadosamente construída de Kang-do começa a desmoronar quando uma mulher misteriosa, Haeng-shil, interpretada por Jo Min-soo, entra em sua vida. Ela alega ser sua mãe há muito perdida, uma noção que Kang-do a princípio rejeita como um truque inteligente para extrair dinheiro dele. Mas, à medida que passam mais tempo juntos, a persistência e a convicção de Haeng-shil começam a lascar a determinação de Kang-do, forçando-o a confrontar as profundezas de sua própria escuridão. À medida que a história se desenrola, torna-se cada vez mais claro que as verdadeiras intenções de Haeng-shil estão longe de ser altruístas. Ela é uma personagem complexa e multifacetada, movida por um senso de moralidade distorcido e um desejo de vingança contra o sistema que a prejudicou. Sua história de fundo, gradualmente revelada através de uma série de flashbacks assustadores, revela uma mulher consumida pela tragédia e pela perda, que foi forçada a se adaptar e sobreviver em um mundo que tem pouca consideração por seu bem-estar. Contra o pano de fundo da selva urbana da cidade, onde o desespero e o desespero espreitam em cada esquina, Haeng-shil e Kang-do se envolvem em um jogo de gato e rato, cada um tentando manobrar o outro. Mas à medida que as apostas aumentam, fica claro que ambos estão presos em seus respectivos pesadelos, com a manipulação de Haeng-shil servindo como um catalisador para a transformação de Kang-do. Através de seu relacionamento perverso e simbiótico, Kim Ki-duk expõe magistralmente os aspectos mais sombrios da natureza humana, retirando as camadas para revelar a turbulência fervilhante que está por baixo. Kang-do, que antes era uma fortaleza aparentemente inexpugnável, começa a revelar vislumbres de sua vulnerabilidade, à medida que se torna cada vez mais envolvido na teia de enganos de Haeng-shil. À medida que a tensão aumenta, Pietà avança em direção a um clímax destruidor, onde as linhas entre realidade e fantasia são borradas a ponto de quase desintegração. É aqui que o tema central do filme – a noção de que nossas ações têm consequências e que os pecados do passado nunca podem ser realmente expurgados – torna-se terrivelmente aparente. Pietà é um filme que deixará seus espectadores perturbados, com seu retrato inflexível de um mundo que é simultaneamente cruel e fascinante. As atuações são viscerais e intensas, com Lee Sun-kyun entregando um retrato assustador de um homem dividido entre as demandas de sua própria moralidade e o fascínio manipulador de Haeng-shil. Em última análise, Pietà serve como um testemunho do poder duradouro do cinema para confrontar os aspectos mais difíceis de nossa experiência humana coletiva. Ao mergulhar nos recessos mais escuros do coração humano, Kim Ki-duk nos lembra que a linha entre retidão e vício é frequentemente tênue e que a redenção raramente é uma noção direta ou reconfortante.

Pietà screenshot 1
Pietà screenshot 2
Pietà screenshot 3

Resenhas